1001 Especialidades: Manual do Estudante Indeciso #1 - Cirurgia Pediátrica

O que significa ser médico desta especialidade? Quais são as principais frentes de ação?
Ser cirurgião pediátrico é ter nas nossas mãos a vida das crianças e consequentemente o futuro das famílias. Significa fazer a diferença para muito tempo, muitas vezes com um único procedimento. A cirurgia pediátrica atua essencialmente em 4 diferentes setores que se dividem em Cirurgia Gastrointestinal, Cirurgia Plástica, Cirurgia Urológica e Cirurgia Torácica.

Em que momento do seu percurso académico decidiu que tinha interesse em seguir esta especialidade?
Desde o momento em que fiz a Residência de Cirurgia, no 5º ano do curso, que sabia que a minha escolha seria uma especialidade com um componente cirúrgico importante porque gostava muito do ambiente do bloco operatório e sentia que os cirurgiões tinham um sentido prático, eram capazes de resolver os problemas rapidamente e definitivamente através de um procedimento cirúrgico. Para além disso, sempre me fascinou a parte técnica da cirurgia, pela destreza e elegância dos movimentos do cirurgião. Esta é uma parte da qual não conseguia abdicar.

Quais as principais razões para ter tomado esta escolha? O que mais procurava e entusiasmava nesta decisão?
No momento da escolha, Cirurgia Pediátrica era a segunda opção depois de Cirurgia Plástica. Gostava da especialidade por ser muito completa e abrangente, por obrigar a competências cirúrgicas bastante diversas como as cirurgias abertas, cirurgias laparoscópicas, cirurgia mais macroscópica mas também mais minuciosa e delicada. Por outro lado, também me interessava o trabalho com crianças, o desafio que é manter um clima leve, tirar os medos, juntar alguma brincadeira aos momentos para as distrair e assim as poder ajudar. Outro fator que me fez escolher a Cirurgia Pediátrica é a importância que considero que representa a saúde das crianças.

Quais são os principais locais/serviços onde acontece o seu trabalho diário?
O nosso serviço está localizado no Hospital Pediátrico de Coimbra, onde decorre todo o nosso trabalho. Diariamente, o tempo é dividido entre o bloco operatório (central e ambulatório), as enfermarias (de Cirurgia Pediátrica, Cuidados Intensivos e outros serviços que requeiram a nossa avaliação), as consultas e a urgência.

Como descreveria o ambiente entre médicos internos/médicos especialistas/enfermeiros/doentes nos serviços por onde passa? Como é a entreajuda entre os médicos mais e menos experientes?
O nosso serviço é pequeno com 8 especialistas e 4 internos. Penso que é por esse motivo que mantemos uma relação de alguma proximidade, em que toda a gente se conhece bastante bem. O ambiente entre internos é de grande proximidade e de grande entreajuda, que se nota em momentos de realização de  trabalhos científicos e na realização do currículo cirúrgico, sendo que os internos mais velhos ajudam os mais novos; por exemplo quando surge uma cirurgia mais interessante e rara, rapidamente nos informamos uns aos outros. A grande maioria dos especialistas está sempre disponível para discutir cada caso e ajudar em todos os momentos se os internos tiverem necessidade. Penso que tal como acontece em qualquer serviço, por vezes há momentos transitórios de maior tensão, mas que são vividos sobretudo entre os especialistas.

Considera que existe idoneidade na maior parte das valências pelas quais passa? Como é a qualidade de ensino?
Eu diria que todas as valências têm idoneidade durante a especialidade, pelo grande volume e grande diversidade de casos e de doentes que é possível ter quando se está num hospital tão grande como o CHUC. Ainda assim, há períodos dos estágios em que os internos são valorizados mais pela sua capacidade de produzirem trabalho útil do que no sentido de serem formados com vista a exercerem autonomamente no futuro. Por vezes, a quantidade de trabalho é tão grande que nem sempre há tempo para os internos aprenderem ao seu ritmo e poderem esclarecer as dúvidas que naturalmente aparecem. Muitas vezes, principalmente nas especialidades de adultos, terão que avaliar e tomar atitudes em relação a doentes (no internamento, na urgência), que podem não ser as mais adequadas ou podem não ser tão acertadas como as de uma especialista. Ao mesmo tempo, por vezes sente-se pouca disponibilidade, principalmente pelo pouco tempo disponível, para se explorarem as falhas técnicas e tentar corrigi-las.

Existe, no seu trabalho, a possibilidade de realizar estágios complementares (estrangeiro, formação complementada noutro centro, …)?
Durante o internato, a maior parte do tempo é passada no nosso serviço de origem (cumulativamente cerca de 3 anos e meio). Os estágios obrigatórios incluem 1 ano na Cirurgia Geral, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e 6 meses em algumas valências da Pediatria (Hepatologia, Gastroenterologia, Neonatologia e Cuidados Intensivos Pediátricos) no Hospital Pediátrico de Coimbra e numa das maternidades em Coimbra. Durante o resto do internato, há espaço para 6 meses de estágios opcionais em especialidades de adultos (que geralmente são cumpridas nos HUC) e 6 meses de estágios opcionais de Cirurgia Pediátrica que podem ser realizados noutras instituições nacionais ou internacionais.

Como descreveria um dia de trabalho nesta especialidade? Como caracteriza o nível de esforço e de dedicação a que é sujeito diariamente, na sua profissão?
Um dos aspetos mais desafiantes e viciantes da minha especialidade é que os dias raramente são iguais uns aos outros, sendo que estamos constantemente a ser surpreendidos com desafios que poucas vezes contactamos anteriormente e com casos diferentes. Ainda assim, o dia começa habitualmente por volta das 8h em que vamos avaliar as crianças antes de estas irem para o bloco operatório. Depois, geralmente as cirurgias eletivas ocorrem durante a manhã. Nos intervalos entre cirurgias, tentamos ir orientando as crianças do internamento ou outros pequenos recados que aparecem regularmente, como algum penso (dos traumas, das queimaduras ou pós-operatórios). À tarde, há frequentemente consultas e avaliamos o restante internamento. Avaliamos ainda os meninos que irão ao bloco no dia seguinte e pedimos o estudo pré-operatório, se necessário. Depois de ir para casa, estudamos as cirurgias e os procedimentos que vão ter lugar no dia seguinte. Nos dias mais livres e no fim-de-semana, estudamos outros assuntos mais gerais da cirurgia pediátrica e produzimos trabalhos científicos, como artigos, pósteres e apresentações. Uma vez por semana, temos a reunião de serviço em que são discutidos brevemente os doentes que estão internados e onde se planeia a logística das semanas seguintes relativamente ao bloco operatório, urgências e consultas.

Considera que esta especialidade é capaz de dar uma boa abertura para a existência de hobbies? E relativamente à vida pessoal/familiar?
Durante o internato, o tempo livre é escasso e é imprevisível, pelo que é difícil ter outras atividades regulares durante a semana. Já ao fim-de-semana, há mais tempo e é possível ter outras atividades nos tempos livres, uma vez que durante quase todo o internato não temos que fazer urgência ao fim-de-semana. Enquanto especialista, diria que o tempo livre é mais previsível, mas com uma carga de urgências maior do que os internos e por isso com menos tempo livre aos fins de semana e feriados. Pode dizer-se que é uma especialidade com possibilidade para criar uma vida familiar, na medida em que todos os especialistas têm vidas familiares com filhos.

Relativamente à carga horária, como considera ser a sua carga de trabalho e como descreve as restantes obrigações (horas de trabalho extra, bancos, …)? Ainda nesta questão, o que varia, ao longo dos anos de internato?
Durante o internato, atualmente, os internos fazem 1 turno de urgência de 12 horas e não fazem noites nem fins-de-semana. No último ano do internato, os internos passam a fazer urgência como especialista e por isso passam a fazer noites e turnos de 24h sendo que no total fazem aproximadamente 10- 12 turnos de 12 horas por mês. Até ao momento, não temos bloco adicional e por isso não temos horas extraordinárias oficiais. Em termos de horário semanal, temos, em teoria, de cumprir 40 horas, acabando por fazer quase sempre mais de 50 horas.

Como interno, como é/foi o seu grau de independência nas técnicas e abordagem para com os doentes?
Diria que o nosso grau de independência seja talvez ligeiramente inferior ao de outras especialidades cirúrgicas com que já contactei, como no caso da Cirurgia Geral. O lado positivo disto é que não recai demasiada responsabilidade precocemente sobre os internos. Os internos são mais apoiados pelos especialistas do serviço e estes estão sempre disponíveis para as dúvidas que vão surgindo, evitando que façamos procedimentos ou cirurgias para as quais ainda não estamos preparados. Desta forma, a nossa evolução tem mais a conta a formação e os desafios são mais adequados ao estadio do internato em que nos encontramos. Sendo assim, a parte técnica desenvolve-se de forma gradual, sendo que as oportunidades vão surgindo naturalmente. Ao mesmo tempo, há poucos períodos em que os internos estão todos simultaneamente no serviço, o que permite que cada um tenha espaço para criar o seu próprio currículo sem demasiada pressão. Objetivamente falando, os internos desempenham o papel de cirurgião principal na maioria das cirurgias do ambulatório desde os primeiros 6 meses, como na reparação de hérnias inguinais, umbilicais e ventrais, na circuncisão, na excisão de lesões da pele, nas orquidopexias no caso de testículos mal descidos e nas unhas encravadas. Depois, começam a fazer algumas cirurgias mais simples dos setores por onde vão passando a partir do 3º ano (quando voltam dos estágios obrigatórios da Cirurgia Geral e da Pediatria) e vão evoluindo gradualmente. Em contexto de urgência, o interno faz urgência como 3º elemento e fica a maior parte do tempo com o telefone do serviço, sendo que faz a primeira avaliação do doente e pode contactar o especialista quando surgir alguma dúvida. Os internos fazem consulta, inicialmente a consulta geral de Cirurgia Pediátrica, e depois vão começando a fazer autonomamente a consulta dos setores por onde passam, sendo que no nosso serviço não há consultas em nome próprio, nem de Cirurgia Pediátrica geral nem dos diferentes setores. A visita aos doentes do internamento é feita por quem está no serviço, sendo que, durante a semana, os internos encarregam-se da maioria dos doentes e aos fins-de-semana são os especialistas. Geralmente, o internamento da Cirurgia Pediátrica é menos trabalhoso do que o de outras especialidades médicas ou até mesmo a Cirurgia Geral. Ainda assim, em toda a nossa atividade, sempre que há alguma dúvida ou alguma complicação é fácil contactar rapidamente um especialista, que ajuda prontamente a abordar o problema.

Quais as subespecialidades pelas quais se poderá optar? Existe liberdade total para esta escolha? Como acontece o processo?
Dentro da especialidade, existem médicos mais dedicados a cada um dos setores (Cirurgia Urológica, Cirurgia Plástica, Cirurgia Gastrointestinal e Cirurgia Torácica), apesar de não serem subespecialidades formais. Geralmente, o processo de atribuição dos setores ocorre após o término da especialidade e tem-se prendido com a necessidade do serviço nesse momento. No entanto, todos têm que saber resolver problemas urgentes de todos os setores de forma a poderem abordar estes doentes na urgência. Ao mesmo tempo, há procedimentos mais gerais, como a cirurgia de ambulatório, que cabem também a todos os médicos do serviço de forma rotatória.

Como acontecem os momentos de avaliação? Em que período do ano? Qual o grau de dedicação e maiores dificuldades?
No nosso serviço existem dois momentos de avaliação formal, um no final do 3º ano, que marca o meio do internato e outro exame que é o exame final da especialidade. O exame do meio do internato consiste na colheita de uma história clínica num dia e no dia seguinte há discussão da história clínica e de outros temas variados da cirurgia pediátrica. Como me encontro no 3º ano, ainda não fiz nenhum exame.

Qual diria ser a maior dificuldade que encontra nesta especialidade?
Apesar de ter ainda relativamente pouca experiência e pouca responsabilidade comparando com os meus colegas especialistas, diria que a maior dificuldade relativamente à minha especialidade é a possibilidade de fracasso na população pediátrica. As crianças têm uma mortalidade associada às suas patologias bastante inferior à dos adultos. Um dos motivos para isto é o facto de as grandes malformações (que tinham grande mortalidade associada no passado) serem cada vez mais raras com a vinda do diagnóstico pré-natal e da liberalização do aborto. Por outro lado, as crianças geralmente têm uma melhor capacidade de recuperação do que os adultos, face às mesmas circunstâncias, pela sua fisiologia própria e pelo facto de terem muitas vezes menos co-morbilidades associadas. Felizmente, tudo isto melhora o outcome nas crianças comparativamente com os adultos. Apesar de ser raro, aparecem, porém, situações limite com mortalidade associada. E o facto de as crianças serem a maior prioridade das suas famílias e em quem devemos investir tudo quanto pudermos, coloca maior pressão nas decisões – que tantas vezes precisam de ser rápidas. São exemplos disto o trauma, as queimaduras ou procedimentos life-saving no bloco operatório. Qualquer decisão menos acertada relativamente a uma criança tem consequências em toda a sua vida futura e na sua família. Penso que a capacidade de lidar com estes momentos menos bons será uma das mais difíceis de aprender na Cirurgia Pediátrica.

Quais os principais fatores positivos na sua especialidade?
Pelo mesmo motivo que os fracassos são a parte mais complicada de gerir, os sucessos são o principal fator positivo da minha especialidade e aquilo que nos faz ter força para trabalhar a cada dia. E na Cirurgia Pediátrica, a regra é o sucesso. Por outro lado, ao contrário de muitas especialidades de adultos, é raro não se investir num doente por causa das co-morbilidades, da pouca vida de relação ou da baixa expectativa de uma vida futura com qualidade. Nas crianças, investe-se quase sempre tudo quanto é possível. Sendo uma especialidade cirúrgica, tem ainda a grande vantagem de o raciocínio ser prático e os problemas são muitas vezes resolvidos com uma intervenção, o resultado e o benefício da nossa ação fica imediatamente à vista. Por último, esta é uma especialidade muito completa que abrange cirurgia major e minor, em idades muito diversas - desde recém-nascidos prematuros até adolescentes de 17 anos (com corpo de adulto) e onde é preciso dominar áreas cirúrgicas muito diversas e conhecer bem o doente pediátrico, os cuidados intensivos e saber por vezes evitar a cirurgia e optar por técnicas minimamente invasivas, como a endoscopia digestiva e a embolização com o apoio da radiologia. Tudo isto torna a Cirurgia Pediátrica apaixonante. Em relação aos diferentes serviços de Cirurgia Pediátrica do país, há uma vantagem evidente que é a transplantação hepática, que apenas existe no nosso centro. Para além disso, por ser o único hospital terciário da região centro, consegue ter uma variedade bastante grande de doentes e de patologias. Na minha opinião, é um serviço muito competente que, no mínimo, está entre os melhores serviços nacionais de Cirurgia Pediátrica.

Como descreveria a sua especialidade em relação à possibilidade de: progressão de carreira; enveredar pela carreira investigacional; constante inovação científica; oportunidades de trabalho tanto no setor privado como público?
Como em qualquer área da prática médica, na Cirurgia Pediátrica há neste momento dificuldade na contratação pelos hospitais após o internato, pela insuficiência de vagas. Sendo a Cirurgia Pediátrica uma especialidade que existe num número reduzido de hospitais em Portugal, há a possibilidade de termos dificuldade em ficar a trabalhar como efetivos imediatamente após o exame de especialidade e podemos até ser obrigados a exercer como especialistas num hospital que fique longe das nossas famílias.  A especialidade de Cirurgia Pediátrica permite fazer carreira investigacional, sendo que existem centros em Portugal que fazem investigação nomeadamente na área da Cirurgia Experimental e da Cirurgia Minimamente Invasiva com modelos animais. A inovação científica, tal como em qualquer especialidade, depende essencialmente do grau de interesse pessoal, da capacidade de cada um de procurar informação nova, de continuar a discutir casos com os colegas e a questionar constantemente se os métodos, técnicas ou atitudes terapêuticas que se usam no dia-a-dia são as mais indicadas, ou se, pelo contrário há alternativas potencialmente melhores. Ainda assim, pode afirmar-se que, comparando com outras especialidades, na Cirurgia Pediátrica, há um número pequeno de iniciativas científicas nacionais, sendo que existe um único congresso de Cirurgia Pediátrica anual, por exemplo. Ao mesmo tempo, o apoio financeiro para a participação em formações ou congressos internacionais é praticamente inexistente, o que também difere de outras especialidades. Na Cirurgia Pediátrica, há uma dominância evidente do setor público em relação ao setor privado, sendo este último escasso e onde se realiza principalmente cirurgia de ambulatório, como reparações de hérnias, circuncisões, orquidopexias, cirurgias da pele.

Escolhia novamente esta especialidade? Está a corresponder às expectativas que tinha? Quais foram as principais surpresas?
Escolheria novamente a mesma especialidade sem hesitar. A minha especialidade está a
corresponder e a superar as minhas expectativas. Diria que é necessário mais talento/arte ou, por outro lado, estudo/dedicação para se prosseguir esta especialidade? Penso que no caso da Cirurgia Pediátrica é necessário uma dose equilibrada de talento e de dedicação. O componente técnico das cirurgias e dos procedimentos realizados aprende-se com recurso a repetição dos movimentos e treino, e qualquer pessoa consegue aprender a operar com o treino suficiente. Penso que se pode comparar a cirurgia ao desporto, em que a parte técnica é tão importante como a capacidade de compreender o jogo, o domínio das duas em conjunto é que permite agir com simplicidade e eficácia. Sendo assim, alguns, com maior talento, conseguirão atingir os mesmos objetivos com menor treino e alguns conseguirão com o mesmo treino realizar as cirurgias mais complexas, com melhor taxa de sucesso. Mas na Cirurgia Pediátrica, continua a ser essencial um domínio da parte teórica, fora do bloco operatório, sendo muitas vezes mais importante saber quando não operar um doente e em vez disso optar por um tratamento conservador ou menos invasivo.

Tem alguma consideração importante a fazer que ainda não tenha sido abordada?
Em jeito de conselho, acrescento que a decisão sobre a escolha da especialidade é importante e define sem dúvida um rumo na nossa vida profissional e no caso da carreira médica que se confunde muitas vezes com a vida pessoal. Ainda assim, penso que a decisão sobre a escolha da especialidade é de certa forma sobrevalorizada. Não existe um único caminho capaz de trazer a felicidade. É essencial, para esta escolha, que se definam algumas áreas de que mais se gosta e que se excluam algumas opções que não são de todo compatíveis com o próprio, isto é, nem todas as pessoas são capazes de gostar de todas as especialidades. Mas, no final, o principal determinante da felicidade é a capacidade de adaptação à escolha que se fez e a vontade de vencer desafios, que todas as especialidades trazem incondicionalmente. Depois de escolhida a especialidade, deve vestir-se a camisola e tentar ser o melhor possível, mantendo sempre uma grande humildade e sabendo que há sempre muito mais para aprender, em qualquer fase da carreira.

Texto redigido com José Pedro Lopes, interno do 3º ano de Cirurgia Pediátrica no Hospital Pediátrico de Coimbra (CHUC)

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