No
passado sábado, Joseph R. Biden Jr. tornou-se 46º Presidente dos Estados Unidos
da América, com cerca de 77 milhões e 200 mil votos. A seu lado, está Kamala
Devi Harris, a primeira mulher a ser eleita Vice-Presidente dos Estados Unidos
da América.
Com a maior votação antecipada de
sempre na história das eleições dos EUA (mais de 100 milhões de votos), a
espera pelos resultados foi longa, mas “a vitória foi clara e convincente”, nas
palavras do novo Presidente Eleito.
Também no seu discurso, após a
divulgação dos resultados eleitorais, Joe Biden afirmou que sempre quis que a
sua campanha representasse a América e que o mesmo acontecerá na sua
administração. Apelou ao término das divergências, prometendo ser um Presidente
de todos e para todos, recuperando a “alma” da América.
Contrariamente, o núcleo
Republicano apoiante de Donald Trump recusa reconhecer a vitória do seu
oponente, ameaçando com mais processos judiciais e insistindo em fazer acusações
infundadas. Ainda no dia 5 de novembro (passada quinta-feira), múltiplos media
norte-americanos interromperam o discurso do antigo presidente Trump e
desmentiram-no, após este sugerir haver fraude eleitoral sem quaisquer provas.
O próximo mandato será a viragem
tão aguardada nas forças da justiça e ciência, no combate à pandemia e
recuperação de um Sistema de Saúde Familiar. Mais ainda, colocará um ponto
final no racismo sistémico, na homofobia e reaplicará medidas para controlar as
alterações climáticas, bem como outros problemas cada vez mais latentes nos EUA
e resto do Mundo.
No centenário da aprovação da 19ª
Emenda dos EUA que garantiu o direito de voto às mulheres, Kamala Harris tomará
posse no seu novo cargo. Será, simultaneamente, a primeira Vice-Presidente dos
EUA com ascendência negra e asiática. Kamala Harris é símbolo e ação, tendo
dedicado a sua vitória a todas as mulheres e assegurado que “embora seja a
primeira mulher na sua posição, não será a última”.
O trabalho ainda mal começou e
será árduo, mas essencial. Todos os olhos estão postos nos próximos passos dos
EUA.
Além do mais, ouve-se o respirar
de alívio da Europa, com os seus dirigentes a congratular Biden e Harris. O
Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa saudou, inclusivamente, o Democrata
Joe Biden, esperando um estreitamento das relações entre UE e EUA e, em
particular, a continuação da próspera e antiga história entre Portugal e EUA.
Os novos líderes do país das
possibilidades veem muito claramente o que pretendem para a sua nação,
comprometendo-se a não baixar os braços.
Os sonhos foram adiados por
demasiado tempo. Há, finalmente, esperança de que o Mundo se torne mais azul.
Maria Gomes, 4ºano
0 Comentários