Centro Hospitalar do Médio Tejo, E.P.E.

Cartaz: Gonçalo Sabrosa, 3º ano

Número de vagas para ingresso em 2022: 40

Número de vagas para ingresso em 2021: 29
Classificação normalizada do último colocado em 2021: 52,434
 
Número de vagas para ingresso em 2020: 30
Classificação normalizada do último colocado em 2020: 52,640
 
1) Como é o seu dia-a-dia enquanto interno nesse centro hospitalar?
O horário genérico é das 9 horas às 17 horas (40 horas semanais). Nas especialidades em que realizamos urgência (12 horas), temos direito a um dia curto (sair às 13 horas). Em cada rotação, temos um tutor que acompanhamos na maior parte do tempo, sendo que podemos participar por exemplo em consultas de outros especialistas, consoante o nosso gosto/interesse. 
Resumidamente, em Medicina Interna, de manhã/início da tarde, participamos na visita médica, realizamos histórias clínicas com exame objetivo, gasometrias e outras técnicas, elaboramos notas de entrada, diários, colaboramos nas notas de alta e pedidos de análises e outros MCDTs. À tarde, nalguns dias há consultas. Uma vez por semana, estamos 12 horas na Urgência de Abrantes.
Em Pediatria, também colaboramos no trabalho de Internamento. Há consultas o dia todo, nas quais podemos participar com diferentes especialistas. Uma vez por semana, quer estejamos em Torres Novas, ou Abrantes, temos um dia de 12 horas (Urgência). Todas as 4ªs feiras, ao início da tarde, reunimo-nos todos para apresentações e posterior discussão, em Torres Novas. Em Abrantes (Neonatalogia), o internamento inclui o Puerpério, por onde todos os recém-nascidos passam, e o internamento de Neonatalogia, nos quais ajudamos. Podemos também assistir a partos e às primeiras medidas realizadas ao recém-nascido, no bloco e sala de partos. Em Abrantes, há apresentações às 5ªs feiras de manhã.
Em Saúde Pública, maioritariamente ajudamos no TRACE-COVID. Por vezes, podemos sair com a Especialista em Saúde Pública, para avaliação por exemplo de situações de intoxicação alimentar, ou com as Técnicas de Saúde Ambiental, para análise de águas, avaliação de instituições como lares de idosos, entre outros. Em MGF, assistimos às consultas das diversas modalidades e colaboramos nas mesmas. Também presenciamos atos como colheitas por zaragatoa de esfregaço cervico-vaginal, colocação de implantes de progestativo, entre outros, que por vezes temos a oportunidade de sermos nós a realizar. Além disso, podemos colaborar na prescrição de medicação crónica que os utentes requisitam, na elaboração de CIT e vigilância de doentes do TRACE. Por vezes, vamos para os Centros de Vacinação Covid, ou fazer vacinação ao domicílio, entre outros domicílios.
Em Cirurgia Geral, além de assistirmos a cirurgias, temos também o trabalho de internamento e consultas. Uma vez por semana, estamos 12 horas na Urgência de Abrantes.
 
2) Faz noites?
Não, nem fins de semana, nem feriados.
 
3) Tem autonomia para tomar decisões clínicas?
Discuto raciocínios clínicos e decisões, não as tomo sozinha.
 
4) Como é a relação médico interno-médico especialista?
Pela minha experiência, é excelente. Claro que depende do especialista com quem ficamos, mas sinto-me uma sortuda nesse aspeto. Têm-me proporcionado oportunidades de aprendizagem e contribuído para o meu crescimento enquanto médica, sem esquecer que estou só no início.
 
5) Em que hospital(ais) e USF(s) podem ser efetuadas as rotações?
Antes de mais, deixo a ressalva de que este aspeto pode variar consoante a evolução da pandemia de SarsCov-2.
Medicina Interna pode efetuar-se em Torres Novas, Tomar, ou Abrantes, onde há internamento e consultas. Uma vez por semana realizamos Urgência em Abrantes.
Pediatria realiza-se no Hospital de Torres Novas (2 semanas na Neonatalogia – Abrantes), ou em Abrantes (2 semanas em Torres Novas).
MGF pode ser realizada em todo o distrito [USF’s em Abrantes, Tomar, Torres Novas (incluindo Riachos), Entroncamento, Fátima, …]. 
Cirurgia Geral realiza-se em Tomar, com um dia de Urgência por semana em Abrantes.
 
6) Há flexibilidade para conjugar o internato de formação geral com outras atividades, por exemplo investigação?
Não é algo que eu tenha feito, mas é exequível sim. Pelo que tenho assistido, há muita flexibilidade para que possamos participar em atividades do nosso interesse, mesmo que tal inclua sair mais cedo, por exemplo.
 
7) Quais são as vantagens e desvantagens de escolher esse centro hospitalar para realizar o internato de formação geral?
Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) localiza-se numa zona do país com excelentes acessos. O clima é bom, as pessoas são hospitaleiras, há vários locais culturais para visitar, bem como praias fluviais e está também relativamente perto do mar. Há bastantes tradições e comida típica para conhecer. A desvantagem do CHMT é que, por vezes, necessitamos de nos deslocar para instituições de saúde longe de casa.
 
8) Que conselho daria a um finalista de medicina que está prestes a fazer essa escolha?
Penso que o ano de Formação Geral é um ano que nos proporciona muita aprendizagem sem pressão e que deve ser aproveitado nesse sentido, até porque há especialidades em que, consoante a nossa escolha de Formação Específica, nunca voltaremos a passar. Além disso, compreendo e subscrevo que deve ser um ano de descanso e lazer, que também são essenciais depois do que passamos e para o que virá.
 
Testemunho da Dra. Ana Carolina Rodrigues Chumbo
IFG no Centro Hospitalar do Médio Tejo, E.P.E. em 2021
Entrevistadora: Dra. Andreia Gi

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