Cartaz: Gonçalo Sabrosa, 3º ano
Número de vagas para ingresso em 2022: 3
Número de vagas para ingresso em 2021: 3
Classificação normalizada do último colocado em 2021: 88,270
Classificação normalizada do último colocado em 2021: 88,270
Número de vagas para ingresso em 2020: 2
Classificação normalizada do último colocado em 2020: 78,897
1) Como é o seu dia-a-dia enquanto interno nesse centro hospitalar?
Cada serviço tem a sua dinâmica. Em geral entrada às 9h, tempo para café e para almoço garantido. Horário de saída variável, consoante número de consultas/cirurgias.
2) Faz noites?
Apenas em Cirurgia Geral e em Pediatria porque são os períodos em que se está associado ao Hospital de Santa Maria.
3) Tem autonomia para tomar decisões clínicas?
Sim. Os tutores e a equipa em geral é muito acessível. Fiz algumas urgências só para aprender e deixavam-me ver doentes sozinha. Também vi muitos doentes sozinha em consulta de Medicina Geral e Familiar (MGF) militar.
4) Como é a relação médico interno-médico especialista?
Eu diria excelente. As equipas médicas com quem contactei eram todas extremamente simpáticas e acessíveis, seja a nível profissional seja a nível interpessoal. Há poucos Internos de Formação Geral (IFGs) e cada um é o único na sua rotação, o que facilita muito a aprendizagem e o contacto com os seniores e com o tutor.
5) Em que hospital(ais) e USF(s) podem ser efetuadas as rotações?
Medicina Interna e Cirurgia Geral no Hospital das Forças Armadas (HFAR), com 12 horas de urgência de Cirurgia Geral semanais no Hospital Santa Maria, sendo semana dia, semana noite.
A rotação inteira de Pediatria é no Hospital de Santa Maria.
MGF e Saúde Pública calcula-se aproximadamente 2/3 Civil e 1/3 Militar, sendo a USF/UCSP em Lisboa (pode ser Lisboa Central, Lisboa Norte ou outra) e militar numa base, sendo que Saúde Pública militar centra-se no Centro de Epidemiologia e Intervenção Preventiva (CEIP), localizado no HFAR.
6) Há flexibilidade para conjugar o internato de formação geral com outras atividades, por exemplo investigação?
Sim, eu fiz a minha Pós-Graduação em Medicina Aeronáutica com a Academia da Força Aérea no entretanto e também o Young Medical Leaders Program da Católica Lisboa, sem contingências especiais. Para a Pós-Graduação, foi necessário acordar com a tutora de MGF civil pois as aulas eram semanais mas a Doutora foi muito flexível e acordou que eu fizesse cerca 1/2 de MGF civil e 1/2 MGF militar.
7) Quais são as vantagens e desvantagens de escolher esse centro hospitalar para realizar o internato de formação geral?
A única desvantagem é não poder ser tudo no HFAR e os bancos de Cirurgia e Pediatria serem no Hospital de Santa Maria. Claro que também é um Hospital de pequena dimensão e não tem a subespecialização nem o movimento de um grande centro hospitalar.
Já as vantagens são todas, para além das oportunidades únicas de estagiar na Centro de Medicina Subaquática, Medicina Aeronáutica, Base de Saúde Militar e CEIP, ambiente amigável, horário muito aceitável e uma cultura laboral eficaz.
8) Que conselho daria a um finalista de medicina que está prestes a fazer essa escolha?
Se gostas e tens respeito pela cultura militar para além de quereres um Internato de Formação Geral num lugar diferente, acolhedor e que te proporcione autonomia, eu recomendo o HFAR a 300%.
O facto de ter gostado tanto de lá ter trabalho triplicou a dor da minha decisão de rescindir. Acho sinceramente que não poderia ter escolhido um local melhor para o meu primeiro emprego oficial enquanto médica.
Testemunho da Dra. Ana Sofia Rodrigues de Oliveira Mota
IFG no Hospital das Forças Armadas - Polo Lisboa em 2021
Entrevistadora: Dra. Andreia Gi
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