Tudo e Nada ou Terra do Engano

Nada
É difícil ser tudo.
Rosa perlada em solo mudo.
 
Tudo
É fácil ser nada.
Sombra de amor afogada.
 
Voam cinzas,
Vestido de fogo frio,
Vestígios de humanidade sem brio.
 
Existes...
Ou talvez não.
Incerteza numa existência que é em vão.
 
Vazio:
Certeza de nada.
Deixo a porta aberta escancarada.
 
Medo:
Não conhecer tudo.
Dar mão quente a quem ajudo.
 
Serenidade
Na indiferença das palavras
Submissas de suposta igualdade.
 
Liberdade
Falsa desde o primeiro dia
Em que lhe chamaste amizade.
 
Soldado prisioneiro
Numa guerra já perdida
Pelo capitão sem certo paradeiro.
 
Talvez esteja na Terra do Engano...
Onde tudo e nada serve para venda,
Onde tudo e nada serve como pano.
 

Ana Catarina Pastilha, 5° ano

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