Número de vagas para ingresso em 2022: 80
Número de vagas para ingresso em 2021: 83
Classificação normalizada do último colocado em
2021: 82,527
Número de vagas para ingresso em 2020: 75
Classificação normalizada do último colocado em
2020: 81,291
1) Como é o seu dia-a-dia enquanto interno
nesse centro hospitalar?
O dia-a-dia depende sempre do
estágio que estamos a realizar.
Na Pediatria, passamos um mês
no berçário e outro na Unidade de Cuidados Especiais Pediátricos, ou na
enfermaria de pediatria. Fazemos uma urgência diurna (09h – 21h) por semana e,
durante o estágio, uma urgência noturna no Hospital de Dona Estefânia.
No estágio de Medicina Interna, o dia-a-dia é
na enfermaria (09h – 17h) e fazemos uma urgência por semana diurna ou noturna
de 12 horas.
O estágio de Cirurgia, a meu
ver, foi o mais atípico, uma vez que a atividade cirúrgica diminuiu com a pandemia.
Mas baseia-se em idas ao bloco de manhã ou de tarde e ver doentes na enfermaria
de manhã. O banco na minha equipa era diurno, de 12 horas uma vez por semana.
Havia equipas que tinham também bancos noturnos.
O estágio de Medicina Geral e
Familiar também foi dos mais afetados, a minha atividade foi quase
exclusivamente dedicada à plataforma TRACE-COVID, bem como no estágio de Saúde
Pública, dedicada à realização de inquéritos epidemiológicos.
2) Faz noites?
Fazemos noites na urgência de
Medicina Interna e em algumas equipas na Cirurgia Geral.
3) Tem autonomia para tomar decisões
clínicas?
Enquanto internos de Formação
Geral, a nossa autonomia é parcial por lei; no entanto, senti sempre liberdade
em expor as minhas decisões e discuti-las com especialistas ou internos de
especialidade. Decisões mais complexas eram sempre tomadas com apoio.
4) Como é a relação médico
interno-médico-especialista?
No Centro Hospitalar de Lisboa
Ocidental, a relação interno-especialista é, no global, boa. É informal, o que
ajuda a criar menos barreiras na comunicação e relação. Não tenho nenhuma razão de queixa dos
estágios em que passei. Sempre me senti apoiada e bem recebida.
5) Em que hospital(ais) e USF(s) podem ser
efetuadas as rotações?
- Hospitais: São Francisco
Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz.
- USFs: USFs do ACES Cascais e
Oeiras.
6) Há flexibilidade para conjugar o
internato de formação geral com outras atividades, por exemplo investigação?
Há flexibilidade para conjugar
com outras atividades, sim. Nunca senti oposição. Os estágios opcionais não são
possíveis, mas tive oportunidade de visitar outros serviços.
7) Quais são as vantagens e desvantagens
de escolher esse centro hospitalar para realizar o internato de formação geral?
Vantagens para realizar o IFG
no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental: boa capacidade formativa; na Medicina
Interna, temos bastante autonomia na urgência, passamos pelas várias vertentes
- Balcão, Sala de Observações (SO) e Covidário, enquanto noutros hospitais os
IFGs só fazem SO. Bom ambiente entre toda a equipa, inclusivamente entre
internos. A existência de três hospitais dá para ter uma visão mais
diversificada.
Desvantagens: não vejo
honestamente. Talvez alguma falta de organização, por vezes, dos serviços. Mas
tendo sido um ano atípico, compreende-se.
8) Que conselho daria a um finalista de
medicina que está prestes a fazer essa escolha?
Aconselho a pedirem feedback a
vários internos que realizaram o IFG nos respetivos centros hospitalares. Informem-se
de todas as características do local, de forma a fazerem uma escolha consciente
e a melhor de acordo com as vossas aspirações.
Testemunho da Dra. Inês de Sousa Miranda Mendes da Silva.
IFG no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E. em 2020
Entrevistadora: Andreia Gi, 6ºano