Guardo tudo para mim...
Tudo não, mas tudo o que realmente importa.
Sorrisos superficiais não mostram bem-estar real, mas ninguém o sabe.
Guardo para mim porque é demasiado complicado explicar o que sinto.
Guardo para mim porque ninguém quer saber dos meus dramas.
Guardo para mim porque tenho medo de afastar quem gosto ao mostrar a essência do meu ser.
Guardo para mim por todas as razões estúpidas que possam encontrar.
Mas guardo.
E vou continuar a guardar.
Guardo até explodir. Ninguém vê, mas eu sinto. Notam talvez uma certa infelicidade que a dada altura já não dá para esconder com sorrisos, mas nada mais. Nada mais porque se perguntam "Está tudo bem?", a resposta é imediata. Formatei-me para responder "sim". Raramente é verdade, mas as pessoas aceitam e eu agradeço.
Guardo, guardo, guardo. Às vezes escrevo, ponho por palavras, mas guardo o que escrevo. E nunca ninguém sabe. É mais fácil assim.
Enquanto guardar, está seguro. E enquanto estiver seguro, está tudo bem. Está tudo bem se ninguém souber que não está nada bem.
O importante é nunca ninguém saber, só eu, que guardo tudo para mim.
Fonte anónima (o importante é nunca ninguém saber)